sábado, 11 de fevereiro de 2012

DEFICIÊNCIAS

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO AO ALUNO CEGO


As crianças cegas devem ser estimuladas desde cedo no que diz respeito à exploração do sistema háptico (o tato ativo ou em movimento) através de atividades lúdicas, do brinquedo e de brincadeiras. Elas devem desenvolver um conjunto de habilidades táteis e de conceitos básicos que tem a ver com o corpo em movimento, com orientação espacial, coordenação motora, sentido de direção etc. Tudo isto é importante para qualquer criança.

Para a realização da escrita ou leitura em braille, é necessário que a criança conheça convenções, assimile conceitos gerais e específicos, desenvolva habilidades e destreza táteis.
O tato, a destreza tátil e a coordenação bi manual precisam estar bem desenvolvidos, pois tanto a técnica da leitura quanto a escrita das letras dependem de movimentos sincronizados das mãos e da percepção tátil de diferenças, bem sutis.






Para se alfabetizar uma criança cega é necessário bem mais do que ter um bom domínio do Sistema Braille. É preciso saber como se dá o processo de construção do conhecimento por meio da experiência não visual e criar condições adequadas de acesso aos conteúdos escolares dentro e fora da sala de aula.




Imagens: Arquivo pessoal

Texto: Alfabetização de alunos usuários do sistema braille
Fonte: Rede Saci

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ALFABETO BRAILLE




As letras em Braille são formadas a partir da combinação de seis pontos que compõem o que é chamado de cela Braille. A cela é formada por duas colunas e três linhas de pontos. A localização dos pontos é dada de cima para baixo, primeiramente na coluna da esquerda, pelos pontos 1, 2, 3 e posteriormente na coluna da direita pelos pontos números 4, 5 e 6. Cada combinação de pontos em relevo forma, portanto, determinada letra ou sinal de pontuação. A letra C, por exemplo, é formada pelos pontos 1 e 4, como mostra a Figura 1.


Seguindo o modelo da Figura 1: os círculos em negrito representam os pontos da cela Braille.
A combinação desses pontos formam 63 caracteres que simbolizam as letras do alfabeto convencional e suas variações como os acentos, a pontuação, os números, os símbolos matemáticos e químicos e até as notas musicais. Para os cegos poderem ler números ou partituras musicais, por exemplo, basta que se acrescente antes do sinal de 6 pontos um sinal de número ou de música.


















Abaixo temos o exemplo de algumas palavras escritas em Braille:

bala, nada, perfume, pé, vida, amor.














Para a alfabetização, deve-se utilizar diversos tipos de materiais concretos. É interessante também a utilização de materiais de sucata onde elas possam colaborar na confecção; além de motivar a criança ainda auxilia no desenvolvimento e refinamento tátil...

Celas Braille confeccionadas com material de sucata:









Está escrito: capa












Está escrito: ba















Está escrito: la



Imagens: Arquivo pessoal

SÁBADO, 14 DE MAIO DE 2011

Leve sua criança cega para a cozinha, mamãe!

Mulher cega, através da própria história de vida, salienta a importância do aprendizado na cozinha para crianças com deficiência visual e da independência que a experiência pode lhes proporcionar
Ruth Schroeder
 

Preparar cereais e leite para o café da manhã. Preparar um sanduíche de manteiga de amendoim para um lanche depois da escola. Preparar uma xícara de chocolate quente antes de dormir. São estas coisas que crianças com visão normal fazem por si? Claro que são. Sua criança cega pode fazer essas coisas para si mesma? Se não, é hora de você considerar as consequências de não permitir que ela ajude na cozinha. Acredito sem dúvida que uma pessoa cega deve ter muitas experiências humanamente possíveis e que isso é especialmente verdadeiro para crianças cegas. É vital para a sua futura independência que lhe seja fornecido treinamento adequado na cozinha. Tais experiências devem começar em uma idade muito precoce. 
Minha própria experiência me proporcionou uma compreensão clara de como, muitas vezes, pais e professores bem intencionados afastam crianças cegas de participar do dia-a-dia da cozinha. Eu sou cega, e cresci em uma escola residencial. Nada era esperado de mim. Ia para a sala de jantar, comia minhas refeições, sacudia as migalhas das minhas saias, e subia as escadas para a prática do piano ou leitura de um livro. Em casa, uma agenda ocupada não permitia a oportunidade para eu aprender a cozinhar e minha mãe não esperava me ajudar com as tarefas de cozinha. Depois de concluir meus estudos e me tornar uma dona de casa bem sucedida (com muito ensaio e erro), tive a oportunidade de ensinar economia doméstica para alunos cegos no Centro Adulto de Orientação e Ajustamento, na Comissão de Cegos de Iowa. 
Muitos dos jovens com quem trabalhei, ao ensinar na Comissão de Iowa para Cegos, eram formados do ensino médio. A maioria deles sabia muito pouco sobre a cozinha. Eles tinham tido economia doméstica, mas a maioria nunca havia preparado nada. Especialmente os homens. Eu tinha um jovem que, quando lhe foi solicitado para trazer me o pote de café, trouxe-me, em seu lugar, o liquidificador. Ele realmente não sabia o que um pote de café parecia. Ele realmente ficou satisfeito com o privilégio de abrir a geladeira e encontrar as coisas para o almoço. Fazer um sanduíche era algo que ele nunca tinha sido autorizado a fazer. Descobri que alguns dos meus alunos pensavam que sabiam como fazer rosquinhas, mas quando o projeto real foi realizado, verifiquei que somente tinha sido permitido a eles passarem estas rosquinhas no açúcar. Tinham sido enganados sem uma "experiência real". Isto ilustra apenas um exemplo dos inúmeros equívocos realizados por muitos alunos cegos. 
(...) Tudo isso é para dizer que, abaixo do nível satisfatório, tem sido negado a eles muitas experiências. Quando permitido o privilégio de um treinamento adequado e oportunidade, aprenderam rapidamente estas tarefas comuns do dia-a-dia. Avidamente, tentam superar-se em relação a aqueles alunos que receberam estas habilidades como auxílio. Eu sinto que é errado não esperar que todas as crianças de uma família possam contribuir para o funcionamento e manutenção de uma casa. 
(...)As crianças cegas devem compartilhar as coisas da cozinha. Mostre e ensine a ela os grandes acontecimentos da cozinha a partir das coisas divertidas até as enfadonhas. Ela não deve ser poupada mais do que qualquer criança com visão. Não deixe sua criança crescer pensando que o pão é assado quando toca o teto do forno, não sendo capaz de identificar e utilizar pequenos instrumentos de cozinha, sem saber o que um litro de leite parece, ou não saber como espalhar a manteiga em seu pão. O tempo que você despende com o ensino destas competências é um investimento no futuro do seu filho. 
Usando o fogão, forno ou frigideira elétrica O iniciante frita um ovo e o cozinheiro experiente frita vários ovos separadamente, em uma frigideira, usar um anel de ovo para cada ovo. Remover a parte superior e inferior de uma lata pequena de atum ou abacaxi, deixando um anel de metal acima de uma e uma e meia polegada de altura e três polegadas de diâmetro. Este anel é colocado na panela e o ovo é quebrado dentro dele. Quando o ovo ficar firme o suficiente para manter sua forma, o anel é retirado. 
Limpeza Frequentemente, a necessidade da limpeza ou da lavagem pode ser sentida tatilmente. É importante, contudo, antecipar a poeira que não pode ser prontamente notada e fazer uma limpeza geral rotineira tal como limpar todo o balcão depois de fazer a mistura sobre ele. Limpando uma superfície, como o balcão ou o chão, um planejamento de abordagem é muito importante: limpe em tiras ou faixas em vez de pontos casuais aqui e ali. 
Conclusão Uma atitude positiva é essencial para o sucesso. Se você realmente acredita que o cozinheiro cego necessariamente passa por muitos riscos de segurança, precisa de uma grande quantidade de equipamentos especiais, tem somente um repertório limitado e elabora produtos questionáveis, então você vai fazer um mau trabalho. Se você realmente acredita que o cozinheiro cego pode escolher entre vários métodos para trabalhar com todos os tipos de alimentos e produzir produtos de alta qualidade, então você vai encontrar um caminho de sucesso. 
Tempo de alimentação. Tempo de aprendizagem
O seguinte é reproduzido com a permissão do Boletim VIP, Julho de 1982. O Boletim VIP é uma publicação do Instituto Internacional para deficientes visuais, 0-7, Inc., 1975 Rutgers, East Lansing, MI 48823. 


(...)Na época em que sua criança começa a alimentar-se por si mesma, mais aprendizagens de experiências tornam-se possíveis. Se você parar e pensar por um minuto será capaz de pensar em muitas oportunidades de aprendizagens na cozinha. Por causa do tempo que muitas famílias despendem na cozinha, ela é uma natural sala de aula para qualquer criança. Na maioria das famílias, um ou mais membros despendem tempo na cozinha preparando e servindo refeições. Compartilhando este tempo com uma jovem criança com deficiência visual, apresentamos outra aprendizagem para a criança e oferecemos mais oportunidades de amadurecimento. 
Conceitos de Cozinha Quente/Frio: Comece a identificar alimentos quentes e frios para sua criança a fim de ajudá-la a associar a sensação tátil com o rótulo. Contraste o ar frio do refrigerador com a temperatura elevada da porta o forno. Vegetais gelados são frios e crocantes, mas você usualmente os come quente. 
Olfato/Paladar: Introduza a criança na variedade dos diferentes aromas associados com a cozinha - ou odores dos temperos e alimentos crus, em cozimento ou cozidos. Ajude-a a começar a associar um aroma com o nome, sabor ou à sensação tátil. Como uma laranja cheira antes de descascada? Como ela parece? Que tal um ovo? Uma cebola? 
Guardando/Empilhando: Providencie para a criança um local na cozinha no qual ela tenha acesso a um sortimento de vasilhas, panelas, utensílios plásticos de cozinha. Quando o entretenimento acabar, ajude-a a guardar os objetos. Assim que estiver mais velha, ela pode ajudar a empilhar e guardar os pratos limpos. 
Aprendendo sobre o espaço: Um excelente jogo para a cadeira alta é fazer cair objetos no chão. Isto pode ser desolador para os pais - especialmente quando é uma xícara de leite que bate contra o chão. Contudo, a queda de objetos é um modo da criança aprender sobre o espaço ao seu redor (que distância tem o chão? Quais os diferentes sons quando um objeto é atirado ao chão? Para onde eles vão?). A criança precisará aprender que muitas coisas (bolas) podem ser jogadas e que outras (alimentos) ficam na bandeja. Alguns pais amarram um pedaço de elástico comprido ao brinquedo e a outra extremidade na cadeira alta para eliminar as perpétuas recolhas. Se você tentar isto, esteja certo de que um adulto está por perto para prevenir acidentes. 
Experimentação: Quando a criança estiver sentada em sua cadeira, entretida com objetos ou pedaços de alimentos perto de suas mãos, a encoraje a buscar do porquê de estarem lá. Por exemplo: um cubo de gelo dentro de uma xícara, pequenos pedaços de alimentos crus, um conjunto de colheres plásticas de medição, utensílios plásticos de formas estranhas, diversas tampas de panelas. 
Fonte: Diversidade em CenaComentário SACI: Tradução livre de Sonia B. Hoffmann. 

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CRIANÇAS CEGAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR 


As Cores !

AS CORES DAS FLORES

Uma criança cega precisa escrever uma redação sobre as cores das flores. O vídeo mostra o desafio do menino para conseguir cumprir a tarefa.

Clique no link e assista ao vídeo:
http:

NISTAGMO

Atendendo a sugestões...
O termo nistagmo é usado para descrever os movimentos oculares oscilatórios, rítmicos e repetitivos dos olhos. É um tipo de movimento involuntário dos globos oculares, geralmente de um lado para o outro e que dificulta muito o processo de focagem de imagens. Os movimentos podem ocorrer de cima para baixo ou até mesmo em movimentos circulares e podem surgir isolados ou associados a outras doenças. Os nistagmos variam de caso a caso e podem ser classificados de acordo com a manifestação clínica.

Os principais tipos são:
fisiológico, congênito, spasmus nutans, nistagmo do olhar, nistagmo vestibular, nistagmo por distúrbio neurológico, nistagmo voluntário e nistagmo histérico. Em geral, provocam incapacidade de manter fixação estável e significativa ineficiência visual, especialmente para visão à distância. Estima-se que os nistagmos afetam 1 a cada 1000 nascidos vivos .As oscilações do nistagmo um ou ambos os olhos, em uma ou todas as posições . O nistagmo congênito raramente surge logo ao nascimento e é mais freqüente entre 8 e 12 semanas de vida. Se não for detectado nos primeiros meses de vida, deve ser um nistagmo adquirido.

Causas:
O nistagmo pediátrico difere muito do nistagmo iniciado na fase adulta. Na infância, o nistagmo pode ter causas relacionadas a um defeito do olho ou na relação de comunicação entre o olho e o cérebro. É ainda associado a catarata, glaucoma, desordens de retina, albinismo e em pacientes com síndrome de Down. Alguns tipos de nistagmo podem ser hereditários; outros de causa desconhecida. O nistagmo adquirido, que se desenvolve ao longo da vida, pode ser o sintoma de esclerose múltipla ou associado à lesão neurológica aguda nas vias motoras oculares localizadas no tronco cerebral ou cerebelo, labirintites, maculopatias entre outras doenças.

Tratamentos:
Em crianças, é importante um apoio educacional adequado com o objetivo de melhor o processo de focalização de imagens e se fazer um bom condicionamento visual. Indica-se boa ergonomia de ambientes de casa, aumento de letras em computadores e ainda um trabalho específico voltado para esse problema. A terapêutica para o nistagmo ainda é limitada atualmente, mas muito pode ser feito para melhor a visão de quem tem esse problema. Pode-se recorrer à ortóptica (oclusão alternada), tratamento óptico (com uso de prismas) para corrigir o mau posicionamento da cabeça, mudança dos óculos por lentes de contato (para prevenir outros problemas oftalmológicos). Há ainda o tratamento medicamentoso, que tem substâncias estimuladoras do sistema neurotransmissor inibitório ou depressoras do sistema neurotransmissor excitatório. Novos estudos existem com aplicação da toxina botulínica, mas sem resultados comprovados até o momento. Já o tratamento cirúrgico do nistagmo objetiva a melhoria da acuidade visual através de procedimentos específicos nos músculos dos olhos.
Atenção: Se você, professor, tem um aluno que apresenta estas características pode utilizar os métodos e recursos para crianças que tenham baixa visão. Neste Blog você encontrará sugestões.




INCLUSÃO JÁ !


PORTADORES DE DEFICIÊNCIA
a questão da inclusão social

MARIA REGINA CAZZANIGA MACIEL Presidente da Associação do 3º Milênio ¾ Centro de Democratização das Ciências da Informação



Resumo: A questão da inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais em todos os recursos da sociedade ainda é muito incipiente no Brasil. Movimentos nacionais e internacionais têm buscado um consenso para formatar uma política de inclusão de pessoas portadoras de deficiência na escola regular.
Passos fundamentais devem ser dados para mudar o quadro de marginalização dessas pessoas, como: alteração da visão social; inclusão escolar; acatamento à legislação vigente; maiores verbas para programas sociais; uso da mídia, da cibercultura e de novas tecnologias.
Cabe a todos os integrantes da sociedade lutar para que a inclusão social dessas pessoas seja uma realidade brasileira no próximo milênio.
Palavras-chave: deficiência e exclusão social; educação e economia; política educacional.

Apoio

Projeto
Apoio ao Projeto Próximo Passo (PPP)
 
Área de Atuação
Outras
 
Público-Alvo
Portadores de deficiência física
 
Objetivo
Criar estratégias filantrópicas para desenvolver e executar projetos na área de deficiências causadas por distúrbios neurotraumáticos ou neurodegenerativos.
 
Período de Realização
01/2006 até 12/2007
 
Descritivo
A PPP (Projeto Próximo Passo) é uma organização sem fins lucrativos focada na melhoria da vida de pessoas portadoras de deficiências paralisantes causadas por distúrbios neurotraumáticos ou neurodegenerativos.
As iniciativas da ONG englobam pesquisa para cura de paralisias, reabilitação, capacitação profissional, esportes, programas de prevenção, comunicação educativa, entretenimento, artes, entre outros.
 
Principais Resultados
Até o final de 2006, a PPP já soma 52 atletas, incluindo um time de basquete de cadeirantes, um time de voley sentado, maratonistas, halterofilistas e nadadores, além de um sólido programa de reabilitação em parceria com a Fórmula Academia (SP) e da construção de salas laboratoriais em Institutos de pesquisas de São Paulo (HC e USP).
Participação da TAM
Graças ao apoio recebido da TAM em 2004, 2005 e 2006, através de passagens gratuitas, os atletas da PPP puderam participar das principais maratonas do Brasil, das olimpíadas de Atenas em 2004 com o atleta Osivam dos Santos Bonfim (medalha de bronze), do Congresso de Neurorregeneração da Medula Espinhal no Rio de Janeiro, em setembro de 2004, entre outros eventos de destaque. Através do apoio da TAM, a PPP tem crescido e seus atletas estão ganhando maior visibilidade no Brasil e exterior.

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